Festas Tradicionais
Festas Tradicionais de Santa Bárbara
Publicado em 20/04/2017 08:18 - Atualizado em 24/05/2022 15:37
Eventos e Festas Tradicionais
Durante todo ao ano, Santa Bárbara presenteia seus moradores e visitantes com diversas festas e eventos tradicionais. Essas atividades tornam a cidade, que é berço do ex-presidente Affonso Penna, um local charmoso, acolhedor e com muitos atrativos durante o ano inteiro. Confira abaixo algumas das festas que acontecem em Santa Bárbara:
Reveillon
O reveillon de Santa Bárbara é, além de uma belíssima festa popular, a estampa de um convite que a cidade oferece a quem pretende conhecê-la em todos os seus aspectos mais importantes, sejam eles turísticos, culturais, ecológicos ou de aventura. O Réveillon ocorre no Espaço Cultural da Estação? e é um passaporte para a alegria. Muitos fogos e uma gente alegre e bonita servem ainda de pano de fundo a uma inigualável confraternização celebrada em praça pública.
Carnaval
O maior evento popular da cidade tem como palco a praça Pio XII, no coração da cidade. As melhores bandas de Minas Gerais animam a folia do momo com as marchinhas dos antigos carnavais e outros tantos ritmos.
Em Santa Bárbara, carnaval é sinônimo de alegria, folia e descontração.
Semana Santa
Para quem pretende viver com emoção a vida, paixão e morte de Jesus Cristo, Santa Bárbara é o cenário ideal. Seu povo piedoso, suas ruas e ladeiras centenárias, igrejas do século XVIII e um magnífico casario barroco, dão à cidade ares de um Jerusalém escondia entre as montanhas de Minas Gerais. O grande momento da semana é quando o grupo Âncora Companhia de Teatro revive os Passos da Agonia, transformando o Ginásio Emília Mendes da Fonseca em um espaço e de Arte e Fé.
Festa do Trabalhador – 1° de Maio
Em Santa Bárbara, o trabalhador começa o seu dia com muita festa. Os palcos da homenagem são o estádio Municipal Raimundo Edson da Costa, onde se realiza um disputado torneio esportivo, reunindo equipes de empresas radicadas no município, e, a partir de 2013, a Estação Ferroviária. Nesta, o público participa da confraternização na rua de lazer, com som mecânico, brinquedos, aferição de pressão e teste de glicose, sorteio de prêmios e show.
Festa do Padroeiro Santo Antônio (13 de junho)
As comemorações da festa do padroeiro Santo Antônio são sempre muito animadas e é um dos eventos mais tradicionais da cidade. Durante alguns dias, são realizadas trezena, missas, procissões e as tradicionais barraquinhas. A programação é vasta. Na gastronomia, o público tem a oportunidade de saborear comidas e bebidas típicas - canjica, quentão, caldos, pinga da roça e cocada são algumas das delícias gastronômicas disponíveis nas barraquinhas. Já a programação cultural é riquíssima. Todos os dias são realizados shows com artistas da terra e apresentações dos alunos das escolas de Santa Bárbara. Por ser o dia 13 um feriado municipal, a data serve para a confraternização de todos os santa-barbarenses, inclusive os que moram fora e aproveitam para rever parentes e amigos.
Cavalhada de Brumal
Em 1937, o senhor Jorge da Silva Calunga fez um promessa a Santo Amaro e, sendo uma graça alcançada, ele realizaria durante todos os anos uma festa. Como ele conseguiu a graça, ensaiou e realizou a primeira cavalhada de Brumal. Festa de cunho nitidamente religioso a Cavalhada de Brumal é realizada no primeiro domingo do mês de julho antecedida por diversificada programação religiosa, cívica, cultural e de lazer. O evento reúne milhares de devotos, romeiros, turistas e visitantes vindos de diversos lugares da região no largo da matriz, um imenso espaço localizado no centro da vila colonial de Brumal.
A Cavalhada de Brumal foi criada em 1937, pelo tropeiro Jorge da Silva Calunga, natural de Morro Vermelho, distrito de Caeté. Em meados de 1936 mudou-se para Brumal com toda sua família. Tropeiro de profissão foi trabalhar na Fazenda Paraíso de propriedade de Wlisses Xavier de Gouveia onde conheceu outro tropeiro, Amaro Antônio Luiz.
Animados resolveram realizar uma grande festa em homenagem ao padroeiro e, juntamente com outros amigos, tropeiros e devotos importaram de Morro Vermelho a Cavalhada que ali se realizava com grande pompa. Os dois compadres foram os primeiros embaixadores da grande festa que se realizou no dia 1º de julho de 1937, no Largo da Matriz. Nascia ali uma das mais significativas manifestações culturais da região de Santa Bárbara.
A Cavalhada é a encenação das lutas travadas, na idade média, entre os Mouros, Mulçumanos do norte da África, e cristãos pelo domínio da terra santa e foi trazida ao Brasil pelos Jesuítas por volta de 1600.
Tem-se notícia desta manifestação em Portugal já no ano de 1451, nas festas de despedida da princesa Leonor que se casou com o Rei Frederico III, de Roma.
Em Brumal a festa conta com 34 cavaleiros, ricamente vestidos, divididos entre Mouros e Cristãos, que trançam espetacularmente fitas num grande mastro encimado por um estandarte com a estampa de Santo Amaro. O mastro colocado no centro da praça, símbolo dos campos de Batalha, erguido, simboliza a vitória dos cristãos e o trançar das fitas traduz a alegria pela grande conquista do cristianismo.
A fita vermelha simboliza o período das guerras, das cruzadas, das lutas pela unificação da terra santa e do cristianismo. A fita amarela é o símbolo do ouro, da realeza e das conquistas dos cristãos. A fita verde representa a esperança da conquista e do cristianismo unificado e a azul significa a salvação, o céu, esperança maior de todos os cristãos.
Santo Amaro, padroeiro do distrito de Brumal, nasceu em Roma, no século VI, depois de Cristo. Ingressou na ordem criada por São Bento como missionário beneditino. Viveu maior parte de sua vida na França.
Exposição Agropecuária e Torneio Leiteiro
É um dos eventos mais importantes do Médio Piracicaba, cuja fama já ultrapassou os limites da região e do estado. É realizado no mês de julho e ocupa todo o Parque de Exposições Adilson Melo. Todos os anos, o evento traz artistas consagrados no país, o que o transforma em uma das festas que reúne o maior elenco de artistas e de público. Além dos shows, são eleitos os melhores animais, entre bovinos e equinos, e realizado o Torneio Leiteiro, premiando os proprietários dos animais que produzem a maior quantidade de leite nos dias do evento.
Estação Cultural
Evento realizado pela primeira vez em 2013 no espaço da antiga Estação Ferroviária. Reúne diversas manifestações culturais, como música, teatro, ate, poesia, literatura, artesanato e dança.
Dia da Independência (07 de setembro)
O Dia da Independência é festivamente comemorado em Santa Bárbara com significativa participação das escolas, clubes de serviços, equipes de futebol, empresas, Policia Militar e Banda de Música. Além da sede do município, os distritos de Brumal, Barra Feliz, Florália e Conceição do Rio Acima também promovem eventos alusivos à data.
Cavalgada
A cavalgada de Santa Bárbara, realizada em outubro no Parque de Exposições Adilson Melo, é um evento que tem como objetivo maior promover o congraçamento dos amantes de esportes hípicos e dos criadores de cavalo de todas as raças da região. Durante o dia, acontece a eleição da Rainha da Cavalgada, da melhor Amazona, dos melhores cavaleiros e concursos de marchas. Já a noite, são realizados grandes shows.
Feira Multissetorial
Este evento é promovido pela Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara (Acisb). EM 2013, foi realizado, pela primeira vez, no espaço da antiga Estação Ferroviária, fazendo parte da programação da Estação Cultural. A feira reúne empresários dos diversos setores da economia e tem como objetivo, além da divulgação de produtos comercializados na cidade, estimular o comércio local e propiciar ao público a aquisição de produtos promocionais.
Aniversário da Cidade (04 de dezembro)
O dia 04 de dezembro é o dia da santa Santa Bárbara. Nesta ocasião, a cidade também comemora o seu aniversário. Na data, além de shows e atividades comemorativos, a Prefeitura realiza a Outorga da Medalha do Mérito Affonso Penna. A comenda, em homenagem ao filho ilustre presidente Affonso Penna, é entregue as personalidades que contribuem com o desenvolvimento do município.
Grupos tradicionais
Grupo de Congo Nossa Senhora do Rosário
Ritual de cunho religioso, folclórico, cultural de origem africano realizado em homenagem a Nossa Senhora do Rosário. As apresentações do grupo acontecem a partir do mês de junho em toda a região. Em Santa Bárbara o evento acontece no 2º domingo de outubro.
Dança de motivação africana, Congado é um auto popular que se representa no norte, Centro e Sul do Brasil, com variantes locais. Embora criada por escravos, nunca existiu na África.
Também conhecida como Congado e Congo, a dança dramática denominada Congada tem como principais elementos a coroação dos reis do Congo, os préstitos e embaixadas e a luta da lendária rainha angolana do século XVII. A coroação dos reis já era realizada em 1674 na igreja de Nossa Senhora do Rosário, no Recife. Em geral, as autoridades prestigiavam essas festas, segundo Luís da Câmara Cascudo, para quietação e disciplina da escravaria, que se rejubilava vendo seu rei coroado.
Ocorreu em várias localidades brasileiras, assumindo características regionais, porém, é na Lapa (Paraná), a 26 de dezembro, quando se celebra a festa de São Benedito, o Santo Padroeiro, que é representada o Congado, característica que, como a Cavalhada, procura relembrar fatos históricos.
A dança dos Congos foi introduzida pelos escravos negros e usada pelos jesuítas para sublimar o instinto guerreiro dos negros, criando uma luta irreal entre cristãos e pagãos. As figuras principais são: o rei Congo e o rei Bamba em luta para obter o privilégio de realizarem sozinhos a festa de São Benedito, padroeiro dos negros no Brasil.
O rei Bamba ou o embaixador da rainha Ginga como é representado em alguns lugares, é pagão e por todas as formas as mais barulhentas possíveis, procura atrapalhar a festa religiosa. Diálogos ríspidos, reprimendas e por fim combates entre os dois reinos são travados, afinal o rei Congo vence, e o rei Bamba com toda sua corte, é batizado. Tudo se desenrola ao som ritmado de tambores, chocalhos, e violas, acompanhados de cantorias.
Os instrumentos são tambores, caixas, pandeiros, sanfonas, reco-recos, puítas, triângulo, apito, chocalho, viola e no Congado de Lambari, um violino de fabricação popular. No Congado de Caraguatatuba e São Sebastião (Litoral de São Paulo) emprega-se a marimba. A indumentária, rica e aparatosa em algumas regiões é simples despretensiosa.
Esses conjuntos caracterizam-se pela embaixada representação em que figuram embaixadores, personagens da corte, e guerreiros ou pelas cantigas, evolução e danças de espadas o mesmo que Congo. Dança de motivação africana, Congado é um auto popular que se representa no norte, Centro e Sul do Brasil, com variantes locais. Embora criada por escravos, nunca existiu na África.
Também conhecida como Congado e Congo, a dança dramática denominada Congada tem como principais elementos a coroação dos reis do Congo, os préstitos e embaixadas e a luta da lendária rainha angolana do século XVII. A coroação dos reis já era realizada em 1674 na igreja de Nossa Senhora do Rosário, no Recife. Em geral, as autoridades prestigiavam essas festas, segundo Luís da Câmara Cascudo, “para quietação e disciplina da escravaria, que se rejubilava vendo seu rei coroado”.
Ocorreu em várias localidades brasileiras, assumindo características regionais, porém, é na Lapa (Paraná), a 26 de dezembro, quando se celebra a festa de São Benedito, o Santo Padroeiro, que é representada o Congado, característica que, como a Cavalhada, procura relembrar fatos históricos.
Grupo de Folia de Reis de Brumal
Na região sudeste, a Folia de Reis é organizada, em geral, em conseqüência das promessas dos devotos dos Santos Reis. É formada por um grupo de cantores e instrumentistas, acompanhados de três personagens mascarados representando os Reis Magos. O capitão tira a cantoria e dirige o grupo de foliões. A cantoria entoa cantos próprios mas, em sua maioria, refere-se ao nascimento de Cristo, a visita dos Magos e a outros temas baseados nos testamentos.
Durante 12 dias, do Natal (25/12) ao Dia de Reis (06/01), o Alferes (ou Capitão) da Folia, chefe dos foliões, pode bater à sua porta a qualquer momento, de manhãzinha, seguido dos palhaços do Reisado e de seus instrumentos barulhentos. Vai despertar quem estiver dormindo, pedir permissão para entrar, tomar café e recolher dinheiro para a Folia de Reis, uma festa popular de origem portuguesa que ainda sobrevive em cidadezinhas brasileiras. O Alferes vai oferecer uma bandeira colorida, enfeitada de fitas e santinhos, enquanto do lado de fora, os palhaços vão dançar ao som do violão, do pandeiro, do cavaquinho, recitando versos.
Esta festa comemora o nascimento de Cristo. Seu enredo lembra a viagem que os três reis magos Baltazar, Melchior e Gaspar fizeram a Belém para encontrar o Menino Jesus. Os palhaços, vestidos a caráter e cobertos por máscaras, representam os soldados do rei Heródes, em Jerusalém. Os foliões abrem alas com uma bandeira, que, dizem, é abençoada e protege das más influências
Depois de 12 dias de jornada, o dinheiro arrecadado é gasto em comes e bebes para todos. Este é um costume de origem portuguesa com registro em todo o Brasil, principalmente no interior mineiro.
No distrito de Brumal, a Folia de Reis existiu sempre com a participação de pessoas da comunidade de Sumidouro, sempre integrada aos movimentos culturais e religiosos do distrito. Com a morte dos velhos foliões, sem o interesse dos jovens e desgastada pelo tempo, a tradição acabou desaparecendo por completo na região.
Em 1996, um Grupo de Jovens do distrito de Brumal resolveu, por iniciativa própria, resgatar a tradição que, no período próprio da festa, movimenta toda a comunidade. A Folia de Reis de Brumal, atualmente conta com 15 participantes e em suas apresentações arrasta dezenas pessoas por onde passa. Os foliões param em todas as casas entoando cânticos, recitando versos, pedindo donativos e agradecendo a atenção dos donos da casa. As doações obtidas, ao contrário da tradição em outras regiões, são empregadas nos preparativos da festa em homenagem ao Padroeiro da comunidade, Santo Amaro, que ocorre no dia 15 de janeiro.
Contato: Terezinha de Jesus Nascimento
Telefone: 31-3809-3026/3049
Endereço: Rua da Paciência, 80 - Centro - Distrito de Brumal
Corporação Musical Santo Antônio
Nos anais da Câmara Municipal de Santa Bárbara existem registros que apontam a existência da Corporação Musical Santo Antônio em eventos civis e religiosos a partir de 1901.
Entretanto, o primeiro documento que atesta o registro da Corporação data de 27 de fevereiro de 1958, coincidindo com a data de construção de sua primeira sede própria. Nesta época, era presidida pelo Sr.Joaquim Felipe de Souza, contando com um corpo de 40 músicos, tendo como regente o Sr.José Letro da Silva.
No inicio da década de 1980, por iniciativa da Prefeitura, foi criada a Banda Mirim, que funcionou como escola informal de música até os anos 1990, quando se extinguiu por falta de alunos.
Atualmente, a corporação possui 20 músicos e se apresenta em varias festividades importantes da cidade.
A partir de 2011, passou a ser presidida por Juarez Camilo Carlos.
Contato: cmsasb2011@yahoo.com
Site: bandasantoantoniosb.com.br
Endereço: Rua João Mota, 421, esquina com Rua Domingos Pena - Centro - Santa Bárbara
Âncora Cia de Teatro
O Âncora Cia de Teatro, fundado em 05 de maio de 1976, é um grupo teatral amador remanescente da COENBI (Comissão de Encenações Bíblicas) que iniciou suas atividades em 1975 através da iniciativa do Sr. Raimundo Natalino Pires.
Raimundo reuniu um grupo de santabarbarenses e propôs a montagem de cenas bíblicas durante a Semana Santa. Assim, há quase 40 anos, nasceu em Santa Bárbara uma tradição religiosa e cultural que atrai grande número de turistas que se encantam a cada ano com o espetáculo hoje denominado: “Os Passos da Agonia”.
De lá até chegar aos dias atuais, foram tempos de conquistas de pessoas que formaram uma grande família em busca do mesmo objetivo: colocar Santa Bárbara no cenário cultural através do teatro. "Os Passos da Agonia" é encenado no Centro Histórico desde 2013, resgatando a tradição da forma de execução deste Bem Imaterial.
Outros espetáculos realizados pelo grupo: “Hoje a Banda não sai”, “Diálogo: Santa Bárbara conversa com a sua História”, “O Mundo não me quis”, “A Negrinha”, “A Carteira Fatal”, “A Sacoleira do Amor”.
Contato: contato@ancoraciadeteatro.com.br
Site Oficial: www.ancoraciadeteatro.com.br
Endereço: Avenida Petrina de Castro Chaves, 70 - Centro - Santa Bárbara.
por Comunicação