Capela Rosario dos Negros
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Publicado em 21/06/2010 08:52 - Atualizado em 08/01/2019 08:34
Tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal (CMDPC) e pelo Estadual (IEPHA), a igreja é uma das maiores riquezas da cidade. Sua construção foi iniciada em 1756. Dentre suas características, seu interior apresenta o piso, de tabuado corrido, todo restaurado e os corredores em lajes de pedras. O forro, também de tabuado corrido, forma uma abóbada na nave central da capela-mor, recebendo pintura decorativa em perspectivista policromia de boa qualidade. Há também pintura em policromia sob o coro, este com guarda-corpo formado por balaustrada de madeira torneada em jacarandá. Nos trabalhos de talha, além de alguma imaginária, destacam-se o altar-mor, os púlpitos e o arco-cruzeiro, com tarja sobre a aduela, em painéis de madeira com pintura ornamental.
Embora apresente um estilo arquitetônico interessante, especialmente pela sua fachada semelhante à proa de um navio negreiro, como a de Nossa Senhora do Ó de Sabará, é na ornamentação interna que está a principal riqueza da capela de Nossa Senhora do Rosário dos Negros, de Santa Bárbara.
O trabalho de escultura foi, na sua quase totalidade, substituído pela pintura, que avança a partir do forro da capela-mor e cobre todo o altar, retomando a perspetiva arquitetônica, porém com uma nova função ilusionista, uma das características principais do barroco mineiro.
Durante muitos anos, o lendário padre Lucindo de Souza Coutinho, proprietário do casarão onde hoje é a Casa da Cultura, por imposição do Vaticano, celebrou nesta capela apenas para negros, mulatos e mestiços. Diz a lenda que o padre utilizava de um túnel cavado por escravos fugidos para se deslocar de casa para a igreja longe dos olhares curiosos da população.
por Comunicação